Enceto este artigo, externando minha angústia e preocupação pelo que há de vir, em face aos últimos acontecimentos.
Não sou a favor da greve, mas esta, era previsível devido a intolerância e o descaso de certas autoridades temporárias.
Se voltarmos um pouco no tempo, a um passado recente, vamos encontrar dois grupos de Policiais Militares reivindicando melhores condições de trabalho e conseqüente melhoria na qualidade de vida da classe, eram os BARBONOS e os QUARENTA DA EVARISTO. O que havia em comum? Lutavam por uma classe esquecida pela sociedade e excluída pelas autoridades.
Os “Barbonos” eram radicalmente contra a greve, bem como, boa parte da liderança dos “Quarenta”. Na época as autoridades tiveram a oportunidade de negociar civilizada e democraticamente, mas desperdiçaram-na optando por se impor autoritária e arbitrariamente a estes grupos, aplicando-lhes retaliações.
Naquele momento, venceram e se julgaram DEUSES. Acima do bem e do mal.
Agora vemos as conseqüências. Não são os Coronéis, tampouco os Oficiais que lideram o atual movimento. Os atuais líderes têm pouco a perder, pois são pessimamente remunerados e se sentem escravizados, logo lutam pelas suas “alforrias sociais”.
O que advirá? Não sei, mas confesso que temo pela integridade da população fluminense, principalmente daqueles por quem tenho apreço e que ainda vivem neste Estado.
Mas, como eu disse no início, era previsível.
Aqueles que por um acaso têm o hábito de visitar este “blog” sabem que gosto de citar adágios populares, que faço citando dois que enquadram no momento que vivemos: “Cada um colhe aquilo que planta”.
“Quem semeia vento, colhe tempestade”.
ESTEVES – Cel RR