28 de nov. de 2010

PIROTECNÍA?

Ao tentar analisar os últimos acontecimentos num plano maior, fico um pouco apoquentado.
Tentem fazê-lo e talvez sintam a mesma sensação.
Juntem: mudança nas regras do pré-sal, campanhas eleitorais, UPPs, silêncio na mídia quanto à violência, eleições, Copa do Mundo no Brasil, Olimpíadas no Rio, necessidade de preservação da imagem do Rio no exterior, liberação de verba Federal, nova Presidente e equipe, mudança de postura da mídia que antes escondia os fatos, alaridos quanto a todo e qualquer acontecimento, mesmo os do subúrbio, antes tamponados, apoio incondicional de tropas federais, tudo sem esquecer o fator temporal.
Por favor, analisem e me digam com a mão direita sobre o peito e a esquerda na consciência, que não paira qualquer dúvida quanto a porque isto tudo está acontecendo.
Não sou nenhum Alfred Joseph Hitchcock, nem tampouco tenho queda para tal, mas devo confessar que fervilham em minha mente uns cem numeros de idéias sobre prováveis reais motivos para o caos hoje instalado.
Reflitam, analisem e me digam.
ESTEVES – CEL RR

27 de nov. de 2010

O NOVO CAOS

Tenho acompanhado, a distancia é bem verdade, os acontecimentos, agora efusivamente noticiados pela mídia, da violência no nosso Estado.
Ouvi algumas declarações de pessoas, com importantes cargos temporários, sobre a razão de se ter chegado a este estado.
Claro que sob a ótica deles, não lhes cabe nem mesmo uma ínfima parcela de responsabilidade, esta é sempre, integralmente, dos outros que nada fizeram quando podiam ou então erraram nas suas avaliações dos fatos e por conseqüência, nas ações decorrentes.
Li, não me recordo onde, mas reputo como verdade: “A definição de insanidade é continuar a fazer o que você sempre fez, desejando obter um resultado diferente”.
Ora, se todos criticam as “políticas de segurança” adotadas pelas Policias nas últimas décadas, responsabilizando seus diretores pelo conseqüente quadro que hoje se apresenta, que explicação poderíamos dar para a repetição destas “estratégias”?
Esperam resultados diferentes para as mesmas ações?
Se a resposta a este questionamento for positiva, confesso que passo do medo para o pânico, pois a situação, por incrível que possa parecer, é ainda mais grave.
Rogo ao criador, lume aos responsáveis pela administração de nosso Estado, na busca de solução para tão ingente problema, que de forma alguma pode ser tratado com irresponsabilidade ou descaso.
ESTEVES - CEL RR

9 de nov. de 2010

PERFUME

A natureza é dadivosa, só lamento o fato de que nem sempre sabemos aproveitar seus presentes.
Caminhando pelas sendas de meu quintal, desfruto dos perfumes da natureza. São aromas de flor de cactos, lírios, flores de Dracenas, de pitangas e outras tantas com agradável odor, mas que por desconhecimento de seus nomes, deixo de citar.
O cheiro da terra molhada me faz refletir sobre a grandeza do universo e o destino final de nossa reles “carcaça”, que a esta mesma terra será entregue.
Penso nas insanidades que o homem faz com o ilusório argumento de buscar melhorias para si e outros.
Vejo um total descompasso entre as falas e as ações. Pronunciamentos eloqüentes enaltecendo os caminhos encontrados que levarão a paz social, já as ações, regadas a sangue, incutindo no cidadão um forte sentimento de pânico e impotência.
Volto as minhas veredas e percebo que o paraíso existe, basta que do cotidiano afastemos homens egocêntricos e sequiosos de poder.
A estes deixemos o fedor a que estão acostumados por sentirem o próprio cheiro, que procuram disfarçar com fragrâncias importadas da França.
ESTEVES – CEL RR.