Ao ler a noticia de que o atual comando da Corporação quer fomentar o aculturamento profissional da tropa e priorizar o ensino, fiquei muito feliz, pois sempre tive minha atenção voltada para a instrução, tendo em minha carreira servido na APM (antiga EsFO) por duas vezes e sido Oficial de instrução em várias Unidades por onde passei. Todavia, ao amiudar a leitura, pude constatar que o intento primeiro é aumentar o interstício para promoção por tempo de serviço das praças. Ora, também não sou muito favorável a promoção sem mérito, mas tolher um plano de carreira de uma classe que quase nada tem, sem dar outra opção é um tanto quanto cruel.
Abrir concursos internos, bem isto de nada adiantaria para uma tropa cansada e desgastada sem tempo para estudar, só propiciaria que os mais novos, recém saídos dos bancos escolares, ultrapassassem na carreira os mais antigos e fatigados, devido o estresse do dia-a-dia de nossa profissão, que se torna um mal crônico com o passar dos anos de serviço.
O falecido CORONEL Cerqueira, em suas duas passagens pelo Comando Geral da Corporação (1983-1986 e 1991-1994), se preocupou com este problema. Na sua primeira administração, atento a falta de tempo, criou os “cadernos de Instrução”, que, em tese, permitiria uma atualização, por parte das praças, das matérias necessárias ao desempenho de nossas missões, habilitando-os a um concurso interno e aumentando as possibilidades dos mais antigos. Já na segunda passagem, percebendo a necessidade de uma maior capacitação profissional na Corporação como um todo, editou os “Cadernos de Policia” onde temas atinentes a Segurança Pública eram tratados de forma técnica.
Não sei se é a solução, mas vale à pena pensar, antes de tomar uma atitude que venha a sacrificar ainda mais o nosso homem.
A tropa, desesperançada e maltratada precisa de afago e não de chibata.
Abrir concursos internos, bem isto de nada adiantaria para uma tropa cansada e desgastada sem tempo para estudar, só propiciaria que os mais novos, recém saídos dos bancos escolares, ultrapassassem na carreira os mais antigos e fatigados, devido o estresse do dia-a-dia de nossa profissão, que se torna um mal crônico com o passar dos anos de serviço.
O falecido CORONEL Cerqueira, em suas duas passagens pelo Comando Geral da Corporação (1983-1986 e 1991-1994), se preocupou com este problema. Na sua primeira administração, atento a falta de tempo, criou os “cadernos de Instrução”, que, em tese, permitiria uma atualização, por parte das praças, das matérias necessárias ao desempenho de nossas missões, habilitando-os a um concurso interno e aumentando as possibilidades dos mais antigos. Já na segunda passagem, percebendo a necessidade de uma maior capacitação profissional na Corporação como um todo, editou os “Cadernos de Policia” onde temas atinentes a Segurança Pública eram tratados de forma técnica.
Não sei se é a solução, mas vale à pena pensar, antes de tomar uma atitude que venha a sacrificar ainda mais o nosso homem.
A tropa, desesperançada e maltratada precisa de afago e não de chibata.
ESTEVES – CEL RR.
Um comentário:
Nobres companheiros. Data Vênia, gostaria de expressar o meu simplório comentário nesse espaço democrático.
A questão é que não podemos tampar o sol com a peneira. É uma realidade a quantidade excessiva de policiais utilizando-se de meios diversos para se distanciarem do policiamento ostensivo, porém, é bem verdade que a maioria das vezes tais fatos acontecem com a anuência daqueles que diretamente deveriam coibir tais fatos, utilizando-se desses “preguiçosos” como motoristas particulares, supervisores de seguranças privadas, entre outras coisas.
Gostaria de ressaltar que a medida a ser adotada pelo Sr. Comandante Geral teria o meu total apoio se tivéssemos uma Administração justa, correta, pautada em princípios constitucionais (presunção da inocência, ampla defesa, contraditório, entre outros), e porque que digo isso?
Que me desculpem os companheiros de curso, mais os Graduados por tempo de serviço (simpaticamente chamados de JURUNA), em outrora, foram os policiais que carregaram a bandeira da nossa Instituição, exercendo os mais diversos tipos de serviço e tendo que se “adaptar” a Administração à época, e muitos foram os bravos policiais que por erros, falhas e negligências da Administração Pública, tiveram prejuízos diretos e indiretos com tais atos, daí pergunto-lhes: Será que esses fatos (revisão) fazem parte da nova proposta do Sr. Comandante Geral da PMERJ? Da forma em que foi dita, acredito que concursos internos serão abertos (o que considero maravilhoso), mais e os que trabalham diretamente no confronto diário e por motivos diversos a sua vontade, sem qualquer tipo de prova cabal, são colocados envolvidos em Sindicâncias, IPM, e até mesmo os policiais feridos em confronto, que devido aos seus ferimentos, são colocados em LTS ou IFP, sendo impedidos de concorrerem a uma das vagas de ascensão profissional, esses casos estarão sendo analisado dentro da nova proposta? E com relação ao condicionamento das promoções aos estudos (o que também considero louvável), mais será que nossos Oficiais estão capacitados, se preciso for, para realizarem provas para promoções? Será que já esquecemos que o Comandante Geral anterior, quando na então EsFO, foi reprovado? Vou aguardar para ver.....
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