31 de dez. de 2017

ARTIGO JORNAL HORA EXTRA - GOIÂNIA

O Brasil ruma à barbárie
16 DE DEZEMBRO DE 2017

Três graves acontecimentos foram notícia no Brasil, esta semana, mostrando claramente o nosso abismo civilizatório e inquietante situação de completa destruição do tecido social brasileiro.

__Um Papai Noel foi apedrejado em um bairro de classe baixa, pois seus doces acabaram. A criançada resolveu “punir” o bom velhinho, um homem que até tempos atrás era visto como um benfeitor – tanto por crianças pobres quanto ricas.
__Em um jogo de futebol – a paixão nacional – no Maracanã, torcedores protagonizaram cenas de selvageria explícita. O local se tornou uma praça de guerra. A internet nos mostrou, ainda, cenas inacreditáveis de uma horda furiosa de bandidos/torcedores que descaradamente roubava os pobres vendedores ambulantes do entorno.
__Numa cidadezinha do Rio Grande do Sul, criminosos invadiram o fórum da cidade para libertar outro marginal que estava sendo ouvido e para tanto matariam a juíza do processo. Por extrema sorte e proteção divina, um policial armado conseguiu salvar a vida da magistrada – que aos berros não entendia o que se passava.
Em todos os casos, a questão civilizatória é o cerne do problema.
O brasileiro do atual progressista Brasil se tornou um primitivo em questões de convívio e respeito social. Tenho notado a mudança absurda do comportamento dos meus compatriotas. Foi um processo relativamente rápido. O degradante fenômeno é observado em todas as classes sociais e em todos os ambientes: de escolas até mesmo numa simples fila de um banco qualquer. Em pouco mais de duas décadas, o país tornou-se um lugar rude, bem mais rude do que era. Um povo cheio de direitos e isento de obrigações ético-morais.
No novo Brasil, forjado pelos valores marxistas, a cordialidade deu lugar ao primitivo. Uma sociedade que não tinha atingido um estágio civilizatório pleno regrediu para se tornar uma sociedade sem limites, freios ou a mínima noção de civilidade.
A família deixou de ser o investimento básico da nação e tentam substituí-la por arranjos doentios e degenerados, em nome do moderno e do famigerado “mundo melhor”, mais tolerante.
Os reflexos e impactos desta nefasta mudança de comportamento e do tecido social desestruturado apontam para uma séria e importante regressão civil. Isto custará ainda mais caro ao nosso atraso enquanto nação.
O número assustador de crimes no país é uma consequência direta dos novos conceitos sociais – todos eles invertidos na essência – adotados pelos brasileiros, ou boa parte deles.

Um país que apresenta todos os cacoetes de uma ideologia ressentida, deletéria, que substitui valores e princípios indispensáveis à uma sociedade minimamente civilizada, por relativismo moral e ético – onde tudo é permitido. Lugar onde a culpa e os escrúpulos foram abolidos em nome de qualquer tratado ordinário que beneficia o erro sem punição ou consequência.

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