Beltrame foi beneficiado em esquema de Cabral, afirma delator
Carlos Miranda acusa ex-secretário de receber mesada; Beltrame diz que
operador terá que provar denúncia
POR CHICO OTAVIO / DANIEL BIASETTO
29/04/2018 4:30 / atualizado 29/04/2018 9:01
José Mariano Beltrame - Daniel
Marenco / Agência O Globo
RIO - No anexo 40 de sua delação
premiada, o economista Carlos Miranda acusa o ex-secretário de
Segurança José Mariano Beltrame de ter se beneficiado do esquema de
corrupção de Sérgio Cabral. De acordo com o delator, de 2007 a 2014, Beltrame,
que é delegado da Polícia Federal, recebeu um valor mensal de R$ 30
mil, recursos que teriam sido entregues à mulher dele, a professora de Educação
Física Rita Paes. O ex-secretário e sua mulher negam as acusações. A delação de
Miranda foi homologada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal
(STF).
O conteúdo da delação de Miranda já foi
encaminhado ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal. Durante dez
anos (oito no governo Cabral e dois no de Luiz Fernando Pezão), Beltrame
liderou a guerra contra o crime no Estado do Rio e foi o responsável pela
implantação da Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Até o momento, o
delegado tinha passado incólume pelas investigações da Operação Calicute,
versão da Lava-Jato no Rio, responsável pela prisão de Cabral em novembro de
2016.
História de
mesada foi fabricada por alguém que está coagido, diz Beltrame em nota
Ex-secretário diz que acusação, além
de fantasiosa, não tem pernas
POR O GLOBO
29/04/2018
9:44 /
O ex-secretário de Segurança do Rio José Mariano
Beltrame - Miguel Caballero / Agência O Globo 02/10/2017
RIO - Acusado de receber mesada de
R$ 30 mil do esquema de corrupção do governo de Sérgio Cabral, o
ex-secretário de Segurança do Estado do Rio José Mariano Beltramedivulgou
nota neste domingo em que chama a acusação de fantasiosa e diz que ela
"não tem pernas". Segundo Beltrame, a "história da mesada"
foi "fabricada por alguém que está coagido".
Em delação premiada homologada pelo
ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, o economista e
ex-secretário de Governo do Rio Carlos Miranda acusa Beltrame de participar do
esquema de corrupção que levou o ex-governador para a prisão. Na nota, Beltrame
afirma ainda que o delator usa seu nome "para jogar fumaça sobre os
próprios dramas".
Ao fim do primeiro mandato de Sérgio
Cabral, os “especialistas” engrossavam o coro pró UPP, como a descoberta do
“ovo de colombo”. Era a panaceia para os males da segurança pública.
Em consonância com os discursos
positivista de José Mariano Beltrame, havia um punhado de pessoas que, por
motivos diversos, avolumavam esse brado como sendo a perfeita “estratégia” de
segurança.
Não foram os únicos, mas os “Barbonos” discordaram desta falácia e alertaram desde o princípio que se tratava de mais um engodo de Sérgio Cabral e
de sua trupe.
O Coronel Paúl, por iniciativa própria,
escreveu um livro denunciando o que chamou de “farsa eleitoral”.
Hoje, desmascarada e constatada mais
uma artimanha de Cabral, alguns “especialistas” pró UPP se calam e outros,
estranhamente, criticam as mesmas e culpam a corporação por não ter conseguido
administrar e operacionalizar um “brilhante” projeto. Pasmem!
É o jogo do poder e a luta para
permanecer em foco.
Vídeo mostra bandido dando
rajada de fuzil no Morro do Urubu
Imagens teriam
sido gravadas nesta quarta-feira, mesmo dia que, perto dali, uma menina foi
vítima de bala perdida dentro de uma escola em Cavalcanti. Comunidades da
região são disputadas por facções
Por O Diade
26/04/2018 -
Bandido dá rajada de tiros de fuzil.
Imagem teria sido feita no Morro do Urubu
Rio - A Polícia Civil analisa um vídeo que circula
nas redes sociais e grupos de mensagens que mostra um bandido dando uma rajada
de tiros de fuzil. A imagem, recebida pelo WhatsApp do DIA (98762-8248) teria
sido feita nesta quarta-feira no Morro do Urubu, em Pilares, na Zona Norte. A
pouco mais de dois quilômetros dali, a estudante Maria Gabriela, de 11 anos, foi vítima de bala perdida dentro
de uma escola de Cavalcanti, bairro onde fica o Morro da Primavera, de facção
rival a do criminoso que aparece registro. Comunidades da região são
disputadas por traficantes.
Segundo informações da 24ª DP (Piedade), existe uma
investigação em andamento para identificar e prender envolvidos no tráfico de
drogas que atua no Urubu. Os agentes estão analisando as imagens para confirmar
se realmente o fato aconteceu na localidade informada.
O vídeo teria sido gravado nesta quarta-feira,
mesmo dia que uma estudante de 11 anos foi baleada dentro da Escola Municipal
Espírito Santo, em Cavalcanti. Ao final da rajada, o atirador grita a sigla de
uma facção criminosa. Na Internet, relatos dão conta que os disparos foram
feitos em direção ao Morro da Primavera, que muito perto da unidade educacional
em que a menina foi atingida pela bala perdida. Questionada, a Polícia
Civil informou que ainda verifica esta informação.
A região onde a estudante foi baleada é rodeada de
comunidades, com facções rivais diferentes. Ainda nesta quarta-feira, um tiroteio aconteceu no Morro do Juramento, em Vicente de
Carvalho, a cerca de quatro quilômetros da escola. Segundo a Polícia
Militar, bandidos tentaram invadir a região para tomar o controle dos pontos de
tráfico. Outra comunidade próxima é o Morro do Engenho da Rainha.
Meu comentário: Parece restou provado que não foi nenhum PM o autor do disparo que feriu a estudante, como a princípio a mídia especulava, logo, parou de ser notícia e não foi mais veiculado nos telejornais.
Mercadinhos têm preço mais baixo que supermercados
após 7 anos
Cesta de produtos
pesquisados custa R$ 239,21 nos pequenos varejistas e R$ 243,12 nos
supermercados e hipermercados, mostra pesquisa da GfK
Estudo mostra que 47% dos mercadinhos vendem fiado
Pela primeira vez desde 2011, os produtos vendidos pelos mercadinhos
estão mais em conta do que os comercializados em supermercados e hipermercados.
A informação foi detectada em um levantamento da empresa de pesquisa GfK.
De acordo com o estudo, divulgado nesta quinta-feira (26), durante a 38ª
Convenção Anual do Canal Indireto, da Associação Brasileira de Atacadistas e
Distribuidores, a cesta de produtos pesquisada custa R$ 239,21 nos pequenos
varejistas, ante R$ 243,12 nos supermercados e hipermercados.
“A profissionalização dos pequenos varejistas e o forte investimento em
novos serviços, como entrega em domicílio, novas tecnologias de scanner no
caixa, estacionamento e oferta de eletroeletrônicos, têm feito a
competitividade crescer cada vez mais entre o comércio de bairro e os hiper e
supermercados”, destaca o diretor da GfK, Marco Aurélio Lima.
Fiado
Segundo o levantamento, 47% dos pequenos varejistas pratica a venda
fiada na loja. O estudo mostra que a modalidade de venda ocorre em todo o País,
mas é ainda mais presente na Região Nordeste, onde 70% dos lojistas admitiram
que fazem esse tipo de prática.
De acordo com os entrevistados, a perspectiva para o ano de 2018 é
positiva: 64% disseram acreditar que o desempenho do setor será melhor ou muito
melhor do que foi em 2017.
Outro aspecto positivo mostrado pelo estudo foi a intenção de contratar
funcionários: 18% dos entrevistados pretendem admitir, 10% demitir, 68% manter
os profissionais. Outros 4% não souberam responder.
A pesquisa considera como pequeno varejo, setor conhecido também como
mercado de vizinhança, aquele que tem até quatro caixas. No estudo, foram
ouvidos 400 comerciantes.
Após
ler em vários sites de notícias o que vem ocorrendo, começo a ficar
efetivamente preocupado com o que pode vir a acontecer em um futuro bem
próximo.
O
brasileiro normalmente é dispersivo, ou seja, facilmente se desfoca de um
problema que lhe é afeto, mas não individualmente. Basta surgir um outro contratempo
e pronto se esquece do anterior. Ainda tem o “circo”: Se aparece uma oportunidade
de tomar algumas “geladas”, participar de uma “pelada” ou mesmo assistir uma
partida de futebol, ou ainda, me perdoem o chulismo, surge um “bunda lelê” e pronto, já
eram os maiores problemas do mundo. Tudo passa para o segundo plano.
Os
políticos e os que gravitam neste círculo, sabem bem disso e se utilizam deste
estratagema, todavia, temo que estejam abusando. Todo ardil que se torna
corriqueiro tende a perder sua eficácia.
Notícias
como as que foram postadas no “Antago!sta” e que
tomei a liberdade de reproduzir no “post” anterior, dão uma mostra da total
certeza da impunidade e da lerdeza do nosso povo.
O
risco maior em um combate é se menosprezar o adversário. Neste momento o povo
está sendo ignorado e categorizado com servil, ignorante e inferior.
A
resposta pode vir de forma truculenta e imensurável.
Deus
queira que esses algozes do povo não logrem êxito e, que por consequência, não haja
uma resposta pautada na violência.
Que
o criador nos acompanhe e nos proteja de nós mesmos.
Marcelo Odebrecht, condenado pela Lava Jato, disse a Sergio Moro que
pagou propina a Lula na reforma do sítio em Atibaia e na compra do terreno do
Instituto Lula.
Ele disse também que Lula tinha uma conta corrente no departamento de
propinas da empreiteira, que foi descoberta pela Lava Jato.
Agora Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski decidiram que
nada disso tem a ver com a Lava Jato.
Celso de Mello e Edson Fachin votaram contra a retirada das delações da
Odebrecht sobre o Instituto Lula e o sítio de Atibaia de Curitiba, mas o MPF
não poderá recorrer ao plenário do STF para tentar reverter a decisão da
Segunda Turma — a menos que os procuradores encontrem uma brecha que ninguém
ainda viu.
Isso porque a regra dos dois votos contrários nas turmas — estabelecida
na semana passada pelo tribunal — só prevê embargos quando eles são pela
absolvição de um réu, não sobre questão de competência.
Na saída da sessão da Segunda Turma, Gilmar Mendes reconheceu que, com a
decisão de hoje, a defesa de Lula pode recorrer para tirar ações das mãos de
Sergio Moro.
Hoje, a turma decidiu por 3 votos a 2 retirar do juiz de Curitiba –e
encaminhar à Justiça Federal em São Paulo– trechos da delação da Odebrecht
sobre o sítio de Atibaia e o Instituto Lula, alegando que não têm a ver com os
crimes na Petrobras.
“Poderá haver recursos em relação a processos que estão lá com o Moro
sob o argumento de que não se trata de Petrobras, isso pode vir até aqui [ao
STF] em outro contexto”, disse Gilmar a jornalistas.
O caminho para o golpe está aberto.
Toffoli despreza os fatos para bancar sua tese nefasta
Ao votar pelo envio das delações da Odebrecht para a Justiça Federal de
São Paulo, Dias Toffoli alegou que a investigação sobre os crimes relatados
envolvendo Lula se encontraria “em fase embrionária”.
É uma mentira. As investigações sobre a reforma do sítio de Atibaia e o
terreno do Instituto Lula foram concluídas antes mesmo do acordo de colaboração
da Odebrecht.
Em relação a não haver “liame” entre a propina de Lula e os contratos da
Odebrecht, não é preciso ir muito longe. O próprio Emílio disse que a Petrobras
era “sócia, fornecedora e cliente”.
Joesley diz à PF que pagou 'mensalinho' de R$ 50 mil para
Aécio entre 2015 e 2017; senador diz que isso 'jamais' aconteceu
Depoimento foi
prestado pelo empresário nesta quinta-feira (19) em Brasília. Defesa de Aécio
disse que senador 'jamais' pediu dinheiro a Joesley e que o empresário age de
'má-fé'.
Por Camila Bomfim, TV Globo, Brasília
Em depoimento à
Polícia Federal nesta quinta-feira (19), em Brasília, o empresário Joesley
Batista, do grupo J&F, disse que pagou um "mensalinho" de R$ 50
mil a Aécio Neves (PSDB-MG) entre julho de 2015 e junho de 2017, atendendo a um
pedido do senador.
Em
nota, a defesa do senador disse que Aécio jamais pediu dinheiro para Joesley.
De acordo com a nota, Joesley age de "má-fé" e com
"desespero" diante do risco de ter o acordo de delação premiada
anulado (veja a íntegra da nota da
defesa no final desta reportagem).
Nesta
semana, o Supremo Tribunal Federal (STF)
decidiu tornar Aécio réu em um processo que investiga o
senador por corrupção passiva e obstrução de Justiça. A denúncia que originou o
processo tem como base as delações premiadas de executivos da J&F, entre
eles, Joesley Batista.
Segundo
Joesley Batista, os pagamentos mensais deveriam ser feitos à Rádio Arco-Íris
Ltda., de Minas Gerais, que emitiria notas fiscais.
No
depoimento à Polícia Federal, o empresário relatou que Aécio classificou o
pagamento de "muito importante”. O empresário disse ainda que o dinheiro
era para custear despesas do senador.
Ainda
segundo o relato de Joesley Batista às autoridades, mesmo durante o período em
que ocorreram os repasses, Aécio entrou em contato para cobrar. O empresário
disse que o senador o procurou pedindo para que não deixasse de pagar o ano de
2016.
Joesley
disse que, apesar de ter feito os pagamentos, não sabe se algum serviço foi de
fato prestado pela rádio. Segundo ele, o objetivo era repassar R$ 50 mil
mensais a Aécio Neves para manter o bom relacionamento com o senador - que
tinha sido candidato à presidência em 2014 e poderia chegar com força política
na eleição deste ano, com possibilidade de ocupar o cargo.
O
superintendente geral da rádio Arco Íris, Geraldo Limírio, manifestou
"surpresa" com as declarações de Joesley Batista, que, segundo
afirmou, "tenta dar caráter político a uma relação estritamente comercial,
comprovadamente correta, legal e legítima na prestação de serviços
publicitários pela emissora a empresas do grupo J&F".
"Toda
a relação comercial com o grupo J&F está documentada por trocas de e-mails
com tratativas comerciais mantidas com áreas de marketing de empresas, como:
Vigor , Itambé e Seara, negociações nos preços de tabela, comprovantes de
veiculação de comerciais e notas fiscais, que se encontram no arquivo do
departamento comercial da emissora. Toda essa documentação está à disposição
das autoridades", afirmou Limírio.
O
suposto pagamento de "mensalinho" foi divulgado nesta sexta-feira
(21) pelo jornal "Folha de S.Paulo". Segundo o jornal, a informação
consta em um anexo complementar da delação
premiada que Joesley Batista entregou para a
Procuradoria-Geral da República (PGR) em agosto de 2017. A TV Globo também teve
acesso ao anexo.
Partidos
No mesmo depoimento, Joesley Batista
relatou pagamentos que teriam sido feitos a pedido do senador para três
partidos durante a campanha eleitoral de 2014. Segundo ele, esses pagamentos
totalizaram R$ 110 milhões, dos quais R$ 64,3 milhoes para o PSDB; R$ 20
milhões para o PTB; e R$ 15 milhões para o Solidariedade, além de outros R$
10,3 milhões a diversos candidatos e partidos.
Segundo
o empresário, os valores pagos a PTB, Solidariedade e “candidatos diversos”
tinham como objetivo específico “a compra do apoio político à campanha
presidencial de Aécio Neves”.
Em
nota, o advogado Alberto Toron, que defende o senador, afirmou que os recursos
doados às campanhas do PSDB em 2014 somaram R$ 60 milhões e estão registrados
no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), abertos à consulta pública.
"Doações
feitas a outros partidos não podem ser consideradas de responsabilidade do PSDB
tampouco de seu então presidente. O senador, em toda sua vida pública, jamais
atendeu a qualquer interesse do sr. Joesley ou de seu grupo e, portanto, não
teria razões para fazê-lo no futuro", afirmou Toron.
Nota
da defesa
Leia abaixo a íntegra de nota da defesa do
senador Aécio Neves:
A Defesa do senador Aécio Neves
considera que se trata de mais uma demonstração da má-fé e do desespero do
delator Joesley Batista na tentativa de manutenção do seu extraordinário acordo
de delação, atualmente sob risco de ser anulado.
O senador jamais fez qualquer
pedido nesse sentido ao delator, da mesma forma que, em toda a sua vida pública
não consta nenhum ato em favor do grupo empresarial.
O sr. Joesley Batista se
utiliza de uma relação comercial lícita mantida entre empresas de seu grupo e
um veículo de forte inserção no mercado mineiro para forjar mais uma falsa
acusação.
Ao dar início à negociação de
acordo de delação, delatores se comprometem a suspender qualquer prática
irregular.
Prova de que o contrato com a
emissora foi uma relação comercial legal e desprovida de qualquer conotação
pessoal é que o contrato foi mantido normalmente, até a data do seu
encerramento.
A afirmação do delator de que
não sabia se os serviços teriam sido prestados, demonstra o alcance da sua
má-fé, já que bastaria uma consulta ao setor de comunicação das suas empresas
para constatar que os serviços foram correta e efetivamente prestados.
A falta de credibilidade e as
sucessivas mentiras e omissões praticadas pelo delator levaram a PGR a pedir a
rescisão dos benefícios de sua delação e contribuem para desqualificar mais uma
mentira desse cidadão, réu confesso de mais de duas centenas de crimes e pelos
quais o Brasil espera que ele venha a responder.
Um arguto observador da vida nacional
fez o seguinte comentário sobre a entrevista de José Dirceu à Folha:
“Nos
anos 70, os presos políticos ‘revolucionários’ tiveram a pretensão de
transformar os bandidos comuns em subversivos da ordem. Era a ‘catequização no
cárcere’. Hoje, o símbolo desse delírio, José Dirceu, está preso por roubos
vulgares e demonstra plena adaptação à ‘cultura penitenciária’. Os
‘revolucionários’ é que trocaram de lado: são apenas subversivos do velho
Código Penal, como os bandidos comuns.”
O TRF-4 publicou no fim da tarde de
hoje o acórdão do julgamento dos embargos infringentes de José Dirceu –ontem, a
4ª Seção do Tribunal negou o recurso do petista e manteve a pena de 30 anos e 9
meses.
O
petista foi intimado hoje à noite. Agora, sua defesa tem dez dias corridos mais
dois dias (que não podem cair em fim de semana e feriado) para apresentar o
último recurso, os embargos de declaração.
Somando
tudo, o prazo dos advogados de Dirceu vai até 2 de maio. Uma vez esgotados os
recursos na segunda instância –e já que Dias Toffolinegou a liminar que ele
pediu ao STF–, o ex-chefe da Casa Civil voltará à cadeia.
Hoje, dia14 de abril, ao mudar o
canal da TV, assisto, “en passant”, o noticiário e me deparo com uma manifestação
em frente ao Batalhão de Choque da PMERJ, cuja pauta era homenagear a Vereadora
Marielle Franco e cobrar resultado para as investigações sobre o bárbaro crime
a que foi acometida.
Minha primeira surpresa foi perceber
que o principal questionamento não se referia a busca dos autores do crime, mas sim, aos mandantes. Pela lógica seria mais palpável buscar os executores para em seguida se chegar
aos mentores. É como se buscassem um responsável pré-estabelecido ou, como
dizia o Inspetor chefe de Polícia do filme “Casablanca”, sic: “vamos prender o
suspeito de sempre”.
A seguir veio minha segunda surpresa, ao ouvir que a palavra de ordem entoada com fanfarra, na porta do
Regimento Marechal Caetano de Faria, clamava pelo fim da PMERJ. Ora, o que a PM tem
com isso, se não lhe cabe investigar e descortinar os implicados em tão
desumano e hediondo crime?
Será a PMERJ o “suspeito (culpada) de sempre”?
Não há, neste ato, um oportunismo de
grupos que buscam a extinção da Corporação, com o objetivo de implementar um
caos ainda maior do que o já existente para a anarquia proliferar
incontrolavelmente?
A quem interessa a extinção de uma
organização responsável por tentar impedir excessos, impondo (bem ou mal) freios
sociais?
Não está assim caracterizando-se uma
discriminação, uma segregação social ou espacial onde Policiais Militares estão sendo,
despersonificados e indiscriminadamente, marginalizados por integrarem uma
classe profissional que, como todas as demais, possuem bons e maus
profissionais?
Ações como essas ferem o princípio isonômico da Constituição
Brasileira, onde todas as pessoas
são iguais perante a lei, sem distinção ou exclusão, quer por raça, religião,
opção sexual, posição social ou ainda profissão.
Se faz necessário parar e refletir: o que certos grupos de pessoas estão buscando? O que
esta parte da sociedade, utilizando-se de sonhadores e inocentes úteis, está
tentando fazer e com que escuso objetivo?
Analisem friamente se a extirpação
deste freio social, deficitário nos dias de hoje, mais incansável na busca do
cumprimento do dever, será profícuo para a Sociedade em geral?
Não se deixem manipular por hordas que visam única e exclusivamente alcançar o poder, não
se importando quem vão atingir, nem tampouco o que terão que fazer para serem
exitosos.
Além do carro com a repórter e a
fotografa do Correio Braziliense –cercado por 30 pessoas–, a equipe do SBT
também foi agredida diante da sede da CUT em Brasília.
“Vocês
vão sair daqui pro bem de vocês”, disse um manifestante contrário à prisão de
Lula, de acordo com o relato do repórter Daniel Adjuto.
Meu comentário:Depois
vão dizer, com a cara lavada, que os opositores de lula entoam discurso de
ódio.