15 de abr. de 2018

PMERJ - A SEGREGADA


ESTUPEFAÇÃO.
Hoje, dia14 de abril, ao mudar o canal da TV, assisto, “en passant”, o noticiário e me deparo com uma manifestação em frente ao Batalhão de Choque da PMERJ, cuja pauta era homenagear a Vereadora Marielle Franco e cobrar resultado para as investigações sobre o bárbaro crime a que foi acometida.
Minha primeira surpresa foi perceber que o principal questionamento não se referia a busca dos autores do crime, mas sim, aos mandantes. Pela lógica seria mais palpável buscar os executores para em seguida se chegar aos mentores. É como se buscassem um responsável pré-estabelecido ou, como dizia o Inspetor chefe de Polícia do filme “Casablanca”, sic: “vamos prender o suspeito de sempre”.
A seguir veio minha segunda surpresa, ao ouvir que a palavra de ordem entoada com fanfarra, na porta do Regimento Marechal Caetano de Faria, clamava pelo fim da PMERJ. Ora, o que a PM tem com isso, se não lhe cabe investigar e descortinar os implicados em tão desumano e hediondo crime?
Será a PMERJ o “suspeito (culpada) de sempre”?
Não há, neste ato, um oportunismo de grupos que buscam a extinção da Corporação, com o objetivo de implementar um caos ainda maior do que o já existente para a anarquia proliferar incontrolavelmente?
A quem interessa a extinção de uma organização responsável por tentar impedir excessos, impondo (bem ou mal) freios sociais?
Não está assim caracterizando-se uma discriminação, uma segregação social ou espacial onde Policiais Militares estão sendo, despersonificados e indiscriminadamente, marginalizados por integrarem uma classe profissional que, como todas as demais, possuem bons e maus profissionais?
Ações como essas ferem o princípio isonômico da Constituição Brasileira, onde todas as pessoas são iguais perante a lei, sem distinção ou exclusão, quer por raça, religião, opção sexual, posição social ou ainda profissão.
Se faz necessário parar e refletir: o que certos grupos de pessoas estão buscando? O que esta parte da sociedade, utilizando-se de sonhadores e inocentes úteis, está tentando fazer e com que escuso objetivo?
Analisem friamente se a extirpação deste freio social, deficitário nos dias de hoje, mais incansável na busca do cumprimento do dever, será profícuo para a Sociedade em geral?
Não se deixem manipular por hordas que visam única e exclusivamente alcançar o poder, não se importando quem vão atingir, nem tampouco o que terão que fazer para serem exitosos.

ESTEVES – Cel RR

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