ESTUPEFAÇÃO.
Hoje, dia14 de abril, ao mudar o
canal da TV, assisto, “en passant”, o noticiário e me deparo com uma manifestação
em frente ao Batalhão de Choque da PMERJ, cuja pauta era homenagear a Vereadora
Marielle Franco e cobrar resultado para as investigações sobre o bárbaro crime
a que foi acometida.
Minha primeira surpresa foi perceber
que o principal questionamento não se referia a busca dos autores do crime, mas sim, aos mandantes. Pela lógica seria mais palpável buscar os executores para em seguida se chegar
aos mentores. É como se buscassem um responsável pré-estabelecido ou, como
dizia o Inspetor chefe de Polícia do filme “Casablanca”, sic: “vamos prender o
suspeito de sempre”.
A seguir veio minha segunda surpresa, ao ouvir que a palavra de ordem entoada com fanfarra, na porta do
Regimento Marechal Caetano de Faria, clamava pelo fim da PMERJ. Ora, o que a PM tem
com isso, se não lhe cabe investigar e descortinar os implicados em tão
desumano e hediondo crime?
Será a PMERJ o “suspeito (culpada) de sempre”?
Não há, neste ato, um oportunismo de
grupos que buscam a extinção da Corporação, com o objetivo de implementar um
caos ainda maior do que o já existente para a anarquia proliferar
incontrolavelmente?
A quem interessa a extinção de uma
organização responsável por tentar impedir excessos, impondo (bem ou mal) freios
sociais?
Não está assim caracterizando-se uma
discriminação, uma segregação social ou espacial onde Policiais Militares estão sendo,
despersonificados e indiscriminadamente, marginalizados por integrarem uma
classe profissional que, como todas as demais, possuem bons e maus
profissionais?
Ações como essas ferem o princípio isonômico da Constituição
Brasileira, onde todas as pessoas
são iguais perante a lei, sem distinção ou exclusão, quer por raça, religião,
opção sexual, posição social ou ainda profissão.
Se faz necessário parar e refletir: o que certos grupos de pessoas estão buscando? O que
esta parte da sociedade, utilizando-se de sonhadores e inocentes úteis, está
tentando fazer e com que escuso objetivo?
Analisem friamente se a extirpação
deste freio social, deficitário nos dias de hoje, mais incansável na busca do
cumprimento do dever, será profícuo para a Sociedade em geral?
Não se deixem manipular por hordas que visam única e exclusivamente alcançar o poder, não
se importando quem vão atingir, nem tampouco o que terão que fazer para serem
exitosos.
ESTEVES – Cel RR
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