Suspeito de ligação com morte de Marielle vai para presídio federal
EFE Assassinato da vereadora completou dois meses
O miliciano e ex-policial militar
Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando de Curicica, apontado por uma testemunha
como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL)
e do motorista Anderson Gomes, será transferido para um presídio federal de
segurança máxima. A decisão é da 5ª Vara Criminal da Capital e atende a pedido
da defesa. O ex-PM vai seguir no presídio Bangu 1 até que seja determinado para
qual unidade ele será transferido.
O advogado Renato Darlan, que defende
Orlando, explicou que pediu a transferência porque seu cliente já sofreu uma tentativa
de envenenamento e se encontra em greve de fome. Em carta escrita na prisão, o
ex-PM negou participação no assassinato e disse que não conhecia Marielle e que
nunca esteve com o vereador Marcello Siciliano (PHS), outro apontado pela
testemunha como mandante do crime.
Darlan esteve na Delegacia de
Homicídios onde tentou, sem sucesso, ter acesso ao depoimento do delator que
teria apontado Orlando de Curirica e Marcello Siciliano como mandantes do
assassinato. Ele contou que tampouco conseguiu falar com o delegado responsável
pelo caso, Giniton Lages, que esteve em Bangu 1 na quinta para conversar
pessoalmente com o ex-PM.
“O Orlando está em greve de fome
absoluta, está debilitado, nem sei como vou encontrá-lo”, explicou o advogado.
“Consideramos que isso seja uma espécie de tortura emocional, de tentar fazer
com que ele fale coisas que não sabe.”
Na última sexta, Darlan afirmou que a
visita do delegado a seu cliente foi para pressioná-lo a confessar a
participação na morte de Marielle e de Anderson Gomes. A Secretaria de
Segurança confirmou que o delegado esteve em Bangu 1 e se encontrou com o
ex-PM, mas disse que foi a pedido do preso.
Meu Comentário: Qual o objetivo de toda esta trama, achar um culpado a
qualquer preço?
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