Acusados usam Justiça Eleitoral para ‘fugir’, diz Bretas
Marcelo Bretas foi a um evento na sede do TSE e condenou a utilização
indevida da Justiça Eleitoral por acusados de crimes como corrupção e
lavagem de dinheiro, relata O Globo.
“Às vezes um recibo eleitoral, uma transferência bancária ou aquilo que
formalmente é uma contribuição eleitoral na sua natureza é lavagem de dinheiro.
O pagamento de propina, muitas vezes, é por meio de uma contribuição eleitoral.
Nós não podemos ser ingênuos de acreditar pura e simplesmente em teses que a
defesa tem nos trazido. Atualmente, o sonho de alguns acusados é levar o
recurso para a Justiça Eleitoral”, explicou o juiz da Lava Jato no Rio.
Bretas disse ainda que a Justiça Eleitoral é especializada, mas não tem
a estrutura necessária para receber as demandas da área criminal.
“A Justiça Eleitoral é uma Justiça sem juízes. São juízes temporários.
Nenhuma crítica aos advogados, que fazem o papel deles. Mas existe hoje uma
prática muito grande de atribuir a todos os crimes o perfil de crime
eleitoral.”
A camiseta Bretas
Marcelo Bretas disse no TSE:
“As pessoas conhecem nossos juízes, os ministros do Supremo Tribunal
Federal. Podem não conhecer um jogador da Seleção Brasileira, mas conhecem os
juízes, acompanham os julgamentos. Sabem que o STF vai decidir do foro
privilegiado, questão superimportante. Isso é excelente, nós somos servidores
do povo, temos que dar satisfação, ser transparente, o que não se confunde com
autopromoção. Não se confunde com autopromoção, vender marca de camiseta
Bretas, alguma coisa assim. As pessoas percebem isso, a imprensa, a sociedade
percebe quando alguém quer aparecer e quando não”.
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