31 de ago. de 2010

O TREM

Alguns amigos, preocupados, questionam se eu desisti da luta. Paro e respondo com breve sorriso que minha aparente apatia não é fruto de desistência, tampouco de desesperança, mas sim da busca de tempo para reflexão.
Apesar dos vinte anos de meu espírito, meu corpo, com sobras, mais que dobrou este marco, logo, necessito dosar a aplicação de minhas energias para que não as desperdice. É mister que nossas ações não sejam eivadas pelos erros antes cometidos, devendo ser pensadas e planejadas. Todavia, no calor dos acontecimentos, as decisões devem surgir impulsionadas pela emoção e alicerçadas na razão e não o inverso, sob o risco de perdermos o trem da História, como em passado recentíssimo, onde a luz da razão norteou nossas ações.
Ainda há tempo, é verdade, ele urge, mas estamos na estação e o próximo trem se aproxima. Não o percamos de novo, cheguemos atrasados, mas não faltemos.
Fato é que, por mais que algumas batalhas sejam perdidas, a luta ainda não é finda. As rixas devem ser postas ao largo e o objetivo maior deve ser perseguido sem vaidades pessoais.
Como diziam os “Quarenta da Evaristo”:
“JUNTOS SOMOS FORTES”.

ESTEVES – Cel RR

Um comentário:

Otacílio disse...

Maravilhosas as palavras. Como um bom "maquinista" que sempre foi, espero que o Senhor nos conduza a frente desse trem para que juntos possamos dá a volta ao mundo.