TEMPLÁRIO CONTEMPORÂNEO
Sem qualquer pretensão de tentar uma eqüidade com os lendários Cavaleiros Templários da época medieval, mas utilizando a história para, em paralelo com os tempos atuais, buscar uma similitude, vamos nos deparar com os Barbonos.
Num processo forjado, nos quais os procedimentos inquisitoriais foram aplicados com a máxima crueldade possível, os Templários foram acusados de serem adoradores pagãos, de cuspirem na cruz e de outros crimes da época. Os governantes arrancaram-lhes as confissões por meio de terríveis torturas e outros tormentos, quando, em meio aos urros de dor, com as carnes dilaceradas e queimadas em braseiros, concordaram em dizer aos seus inquisidores o que eles queriam ouvir.
E hoje? Bem, os Barbonos, expondo-se a perseguições, buscam: Dignidade, não pra si, mas para seus pares e subordinados, através de melhores condições de trabalho e remuneração menos injusta.
Respeito para com a profissão que abraçaram, indignando-se com os desmandos políticos que empanam o brilho de árdua e nobre missão.
Honra para a Instituição que por si só deveria encher de orgulho todo aquele que com ela se envolvesse, quer labutando ou mesmo desfrutando de seus serviços.
Como os Cavaleiros Medievais, são perseguidos devido à humana ganância, a inveja e pela luta egoísta em prol de lume e de um efêmero poder.
A cíclica história está aí, diante de nós, com fatos incontestes a provar que o homem se cega diante de seus pecados capitais.
Esses ignóbeis governantes crêem na imortalidade de suas próprias carnes, imortais não são.
Olvidam-se ainda que a história poderá se repetir não somente com relação aos Templários, hoje nesta singela alusão com os Barbonos, mas também para seus algozes, pois Jacques de Molay, 22º e último Grão-Mestre da Ordem dos Templários, agonizante em meio às chamas, antes que estas lhe levassem a vida, amaldiçoou o Papa Clemente V e o Rei Felipe, governantes da época, dizendo que se os Templários tivessem sido injustamente condenados, Deus que a tudo via seria Justo e o Papa morreria em no máximo 40 dias e o Rei dentro de um ano. O Papa morreu 33 dias após a execução de Molay e o Rei em pouco mais de seis meses.
Acreditem, são fatos.
CORONEL ESTEVES - BARBONO