APATIA BRASILEIRA
Em descompromissada
conversa telefônica com um amigo, aquelas para botar o papo em dia, ele me
perguntou o que eu achava que iria acontecer diante do quadro político econômico
atual. Respondi rápida e concisamente, “nada”.
- “Como, o Sr não acha nada chefe?" Instou-me.
- “Acho: Nada. Não vai acontecer nada de
inesperado ou imprevisível”.
O povo
brasileiro não tem grandes poderes de mobilização por ter indignação efêmera,
concomitante com sua característica indolente. Quando essas mobilizações acontecem,
são episódicas e esporádicas.
Em
qualquer outro lugar do mundo, um político desmascarado como foi o “pixuleco”, não conseguiria andar na rua
sem risco de ser atacado verbalmente ou ainda pior, para um político, ser tácita
e explicitamente ignorado, com os cidadãos lhe voltando as costas em
demonstração inequívoca de repulsa.
Todavia,
aqui no Brasil, há uma torcida significativa para que ele dê a volta por cima e
seja eleito Presidente. Alguém consegue entender e explicar isto? Os “gringos” não conseguem entender e ficam
estupefatos com tal fenômeno.
Cerca
de noventa por cento (90%) da sociedade repudia e quer expurgar a corrupção do
cenário nacional, mas, trinta e três por cento (33%) deseja o “pixuleco venal”
eleito presidente.
A
conta não bate. Nesta altura Pitágoras, Tales, Euclides e outros grandes estudiosos
da matemática, devem estar, onde quer que estejam, se revirando e tentando, através
de cálculos e teoremas, entender o fenômeno que é o povo brasileiro.
Diante
deste inequívoco cenário acredito que nada de extraordinário irá
acontecer.
É minha opinião. Rogo que eu esteja equivocado.
ESTEVES
– Cel RR
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