O Brasil ruma à barbárie
16 DE
DEZEMBRO DE 2017
por Claudia Wild
Três graves acontecimentos
foram notícia no Brasil, esta semana, mostrando claramente o nosso abismo
civilizatório e inquietante situação de completa destruição do tecido social
brasileiro.
__Um Papai Noel foi
apedrejado em um bairro de classe baixa, pois seus doces acabaram. A criançada
resolveu “punir” o bom velhinho, um homem que até tempos atrás era visto como
um benfeitor – tanto por crianças pobres quanto ricas.
__Em um jogo de futebol – a
paixão nacional – no Maracanã, torcedores protagonizaram cenas de selvageria
explícita. O local se tornou uma praça de guerra. A internet nos mostrou,
ainda, cenas inacreditáveis de uma horda furiosa de bandidos/torcedores que
descaradamente roubava os pobres vendedores ambulantes do entorno.
__Numa cidadezinha do Rio Grande
do Sul, criminosos invadiram o fórum da cidade para libertar outro marginal que
estava sendo ouvido e para tanto matariam a juíza do processo. Por extrema
sorte e proteção divina, um policial armado conseguiu salvar a vida da
magistrada – que aos berros não entendia o que se passava.
Em todos os casos, a questão
civilizatória é o cerne do problema.
O brasileiro do atual
progressista Brasil se tornou um primitivo em questões de convívio e
respeito social. Tenho notado a mudança absurda do comportamento dos meus
compatriotas. Foi um processo relativamente rápido. O degradante fenômeno é
observado em todas as classes sociais e em todos os ambientes:
de escolas até mesmo numa simples fila de um banco qualquer. Em pouco
mais de duas décadas, o país tornou-se um lugar rude, bem mais rude do que
era. Um povo cheio de direitos e isento de obrigações ético-morais.
No novo Brasil, forjado pelos
valores marxistas, a cordialidade deu lugar ao primitivo. Uma sociedade que não
tinha atingido um estágio civilizatório pleno regrediu para se tornar uma
sociedade sem limites, freios ou a mínima noção de civilidade.
A família deixou de ser o
investimento básico da nação e tentam substituí-la por arranjos doentios e
degenerados, em nome do moderno e do famigerado “mundo melhor”, mais tolerante.
Os reflexos e impactos desta
nefasta mudança de comportamento e do tecido social desestruturado apontam para
uma séria e importante regressão civil. Isto custará ainda mais caro ao nosso
atraso enquanto nação.
O número assustador de crimes no
país é uma consequência direta dos novos conceitos sociais – todos eles
invertidos na essência – adotados pelos brasileiros, ou boa parte deles.
Um país que apresenta todos os cacoetes
de uma ideologia ressentida, deletéria, que substitui valores e princípios
indispensáveis à uma sociedade minimamente civilizada, por relativismo moral e
ético – onde tudo é permitido. Lugar onde a culpa e os escrúpulos foram
abolidos em nome de qualquer tratado ordinário que beneficia o erro sem
punição ou consequência.